A exposição AR aconteceu no Espaço Apis dias 15-24 de novembro de 2019. Fechamos o ciclo agora colando as cartas visuais pela cidade.
Neste momento de apagamento das luzes, chamamos para um processo de cura coletiva. Sentimos a urgência em despertar para o poder de mudança que temos em nossas mãos e cultivar práticas de auto-cuidado e cuidado coletivo.
Como podemos aliviar o pesar incendiário e sombrio que encobre florestas e cidades em fumaça e cinzas? Convocamos a arte como um caminho de liberdade para esse sistema que captura e explora todas as formas de vida até sua exaustão.
Arte como ação mágica, entrelaçando redes elásticas de acolhimento e resistência. Rituais imagéticos e energéticos para avançar ao futuro, sem esquecer das marcas sofridas. Evocamos mandingas de limpeza, proteção e fortalecimento.
Apis está de portas abertas para receber propostas de criadores que buscam esse caminho de transformação. Tragam suas imagens e performances em forma de cartas visuais ou rituais de intenção para concretizar desejos de esperança.
Nosso olhar, nossa vontade, gera e gira o mundo. A obra é o ato. O ritual dá corpo a essa intenção ao colocarmos fé em símbolos em que acreditamos a nossa vida. Reforçamos e manifestamos nossa vontade em rituais, percursos e diálogos.
Através das práticas da arte e da espiritualidade podemos (re)programar o real, ao expandir nossa consciência, transcender dimensões e perceber a unidade. Reconectar ao propósito de integração da vida por gestos, desenhos, cores, segredos e palavras. Arte como ato ritualístico ancestral de recomeço.
Vamos abrir caminho juntos.
Apis é um espaço independente, sem fins lucrativos, aberto à produção artística interdisciplinar, que fomenta e acolhe as produções culturais de forma alternativa desde 2003.
Formatos:
Cartas Visuais – tamanho máximo A1
Performances – duração máxima de 20 minutos
Curadores:
Bianca Bernardo (proposta curatorial): Bianca é artista visual, curadora independente, educadora e gestora cultural. Atualmente integra o Conselho Consultivo do Museu Bispo do Rosário Arte Contemporânea, co-idealizadora do Espaço SARACVRA (2016-19) e da Cooperativa de Mulheres Artistas – CoMA, projeto voltado à infiltração da mulher artista para construção de novos modos de agenciamento e economia no campo da arte contemporânea. Mestre em Artes (Ppgartes-UERJ), envolve-se com projetos sócio-educativos em instituições culturais desde 2010. Foi coordenadora pedagógica da 11a Bienal do Mercosul (2018) e gerente de educação do Museu Bispo do Rosário Arte Contemporânea (2013-17). Em 2017 realizou formação para o Educativo do Museo Nacional de Las Culturas na Cidade do México e foi contemplada com uma residência artística no Hyde Park Art Center em Chicago/EUA. Ministrou palestras, cursos e formações para seminários e instituições nacionais e internacionais, tais como Purdue University, Open Engagement, On the Table, Funarte, Trienal de Sorocaba, Fórum Permanente, etc. Pesquisa práticas e processos de cuidado, ensino/aprendizagem, maternagem e teorias feministas nas suas fronteiras e interseções com a arte.
Manoela Bowles (Apis): Manoela é curadora e crítica de arte com Mestrado pela Universidade Autónoma de Barcelona. Curadora e coordenadora do Espaço Apis desde 2003. Foi assistente de Pesquisa para Hans Ulrich Obrist na Serpentine Gallery em Londres e realizou a exposição Kaleidoscope na cidade em 2013. Formada em Jornalismo pela PUC-Rio, se especializou em escrever sobre artes plásticas, já contribuiu para diversas revistas deste segmento entre elas a Revista Das Artes. Sempre atualiza seu site (www.manoelabowles.com) com artigos, ensaios, resenhas, vídeos e projetos de arte.
Ique Gazzola (Apis): Ique é artista graduado em cinema pesquisa a “contra visualidade/ contra narrativa” das imagens através do video, fotografia, instalação, objeto e performance. Encontrou na arte contemporânea um terreno fronteiriço de linguagens e suportes para ocupar e realizar suas experiências visuais. Para ele a arte é necessidade básica. Acredita que a verdadeira revolução é somente possível através da arte e na prática dos encontros entre corpos, mentes e espíritos.
