A exposição Distopias abriu dia 2 de agosto de 2019 no Espaço Apis (rua do Senado, 338, Centro) com obras de 20 artistas brasileiros que trabalham em mídias variadas e trataram o tema sob diversas perspectivas. Foram instalações, esculturas, fotografias, pinturas, vídeos, performances e colagens, além da obra “Atenção” de Antoni Muntadas. O catalão, que é reconhecido por questionar os canais de informações e como são usados para censurar ou propagar ideias, foi o patrono da mostra.
A exposição interativa trouxe discussões durante as sextas-feiras de agosto nas Sextas Distópicas. Curadores e artistas relevantes, como o professor das Universidades Federal Fluminense e Estadual do Rio de Janeiro, Ricardo Basbaum, comandaram os debates. A ideia dos curadores Manoela Bowles e Ique Gazzola foi discutir a fragilidade das imagens, no momento em que estamos inundados por fake news, e usar arte como ferramenta de sensibilização em busca de sentido nesse limbo de incertezas.
Cada artista apresentou em suas obras sua reação ao cenário distópico que está no presente e não no futuro distante. Foram eles: Ana Bia, A Cecília Cabral, Akira, Anna Corina, André Rodrigues, Bob N, Brunner, Caeso, Diana Sandes, Elaine Pauvolid, Felipe Barros, Ique Larica Gazzola, Ítala Isis, Jamile Ratter, Ju Morais, Maíra Nascimento, Maria Baderna, Marcela Falci, Nádia Oliveira e Valéria de Moura Campos.
O Espaço Apis se tornou alternativa de veiculação para as vozes silenciadas pelas barreiras impostas aos principais canais de cultura.